
Eu li Itinerário de Pasárgada, uma autobiografia de Manuel Bandeira, em 2014. O trajeto do poeta pelo poeta.
Sempre me surpreendi com Bandeira e seus poemas vestidos de uma aparente simplicidade que nos podem levar a subir, subir… sem o triste fim de Ícaro.
Grifei tanto o livro, essa parte me cativou pelo tom descontraído e confessional:
Sim, gosto de ser musicado, de ser traduzido e… de ser fotografado. Criancice? Deus me conserve as minhas criancices! Talvez nesse gosto, como nos outros dois, o que há seja o desejo de me conhecer melhor, sair fora de mim para me olhar como puro objeto.
Itinerário de Pasárgada, p. 104

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