O Quarto de Giovanni

Isso aqui está longe de ser o quarto de Giovanni. Foto por Colour Creation em Pexels.com

Acabei de conhecer o escritor James Baldwin. Eu o conheci no litoral brasileiro, mais especificamente em João Pessoa no dia 5 de outubro de 2022.

É uma das coisas maravilhosas que só a literatura pode nos presentear. Mesmo que um escritor tenha vivido no século XVIII ou no XVII. Ou bem aqui ao meu lado neste nosso século 21. É um presente.
Baldwin estava bem pertinho de mim. Eu estava diante do mar e lendo O Quarto de Giovanni. E que cômodo é descrito neste livro magistral. Você vai entrar neste quarto e sairá completamente diferente. Sairá, provavelmente, mais inteira.

— Mas não tem nada de cômodo no que você escreveu, James.

Não tem problema. Pode me dar várias doses de desconforto. Afinal, é um dos propósitos da obra literária: incomodar, deixar-nos pouco à vontade para chacoalhar. Para agitar. Para, com certeza, nos fazer pensar e nos colocar na pele de personagens que têm vidas diferentes das nossas e uma vez que estamos na pele deles, nós somos. Somos. Totalmente. Irremediavelmente e obrigada por isso, Baldwin.

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